sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ELAS POR ELE
"Afinal, o Que Querem as Mulheres?", da Globo, sugere respostas ao Sigmund Freud
 
 
O seriado "Afinal, o Que Querem as Mulheres?", da Globo, retrata mulheres que desejam o respeito e o comando da própria vida. Uma tarefa nada fácil para responder a uma questão proferida pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud.

A produção, que é escrita por João Paulo Cuenca, com coautoria de Cecília Giannetti e Michel Melamed e texto final do diretor Luiz Fernando Carvalho, não tem compromisso com uma resposta, mas assume a posição de oferecer algumas sugestões aos homens e também mulheres que jamais elucidaram este questionamento. "Se tivesse de resumir este seriado em uma frase, diria: a tragédia de um homem ridículo! ´Afinal, o Que Querem as Mulheres?´ conta a travessia patética de um homem em relação aos seus objetos de desejo, ao amor, aos afetos e a uma espécie de visão do feminino que parece o devorar sempre", afirma o diretor do seriado, que estreia no próximo dia 11.

A partir da ideia original de Luiz Fernando Carvalho, o seriado narra as complicações vividas pelo escritor e psicólogo André Newmann, interpretado por Michel Melamed. "Aprendi muito com ele, especialmente sobre rigor e afeto com o trabalho", derrete-se o ator referindo-se à parceria com o diretor. O personagem é um obcecado por responder à famosa pergunta de Freud. O seu fascínio, ou curiosidade, para entender os meandros da mente feminina não se exaurem. Ele chega a frequentar desde salões de beleza, ´sex shops´ e clubes em busca dos mais diferentes depoimentos femininos para concluir a pesquisa para a sua tese de doutorado. "Esta pergunta só restringe a magnitude que é a alma feminina", analisa o ator Osmar Prado, que vive o orientador-psicanalista Dr. Klein e paralelamente o radialista Amâncio Flores.

A luta entre o que é real e imaginário se confunde na mente do personagem protagonista, André. Para ele, o próprio psicanalista por vezes transfigura na imagem de Freud bem na sua frente. Outra hora, ele vê claramente um boneco fiel à imagem do famoso médico e psicanalista austríaco.

Para fazer este devaneio do personagem vivido por Michel Melamed ser real foi preciso um boneco de verdade, medindo 40 centímetros, com esqueleto articulado e expressões alteradas por peças: 10 testas, 21 bocas, por exemplo. Destaque para os fios naturais no cabelo, barba, sobrancelha e bigode.

Tanto empenho do jovem escritor resulta no afastamento dele de sua amada Lívia Monteiro, personagem de Paola Oliveira. Ela é uma artista plástica que vive com o psicanalista há cinco anos, mas isso faz com que ela perceba que ele nada entende sobre os seus desejos. No meio a isso tudo entra Monique, papel de Maria Fernanda Cândido, que é uma intelectual que não perde tempo buscando o que o ser humano chama de felicidade. "O ser humano é insatisfeito por natureza. Isso jamais vai mudar", decreta a atriz.

Mistura-se a isso o carismático bairro de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, câmaras em alta definição, decoração "kitsch", detalhes de ´pop art´ e iluminação inspirada em cores vibrantes - verde, azul, "pink". Essas eram algumas das preocupações do diretor Luiz Fernando Carvalho em traduzir o universo de André Newmann e suas mulheres. Sobre uma possível resposta ou consolo para a inquietação do personagem-protagonista, o diretor é pontual. "André vencerá a si mesmo e, pegando na mão de Simone de Beauvoir, poderia até nos dizer: ´Querer-se livre é também querer livres os outros", conceitua.


Fonte: Jornal Mogi News

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sejam Bem Vindos Ao Fã-Clube Oficial We Love Paola Oliveira, que é feito com todo carinho, dedicação e amor.