sexta-feira, 12 de novembro de 2010

‘A gente muda o tempo todo’
Durante uma gravação de ‘Afinal, o que querem as mulheres?’, a atriz Paola Oliveira falou sobre a criação da personagem Lívia e sobre o amor. A artista plástica Lívia é o grande amor do escritor e psicólogo André Newmann (Michel Melamed).


Como foi a construção da Lívia?

A Lívia foi crescendo para mim. A gente foi descobrindo junto, com o figurino, com o cabelo. Ela morou em Nova York, então tem um corte de cabelo assim. A mão dela é suja de tinta, porque é artista plástica e não se preocupa com isso. A Lívia foi aparecendo de uma forma muito maior do que eu imaginava. O que eu posso dizer de uma personagem que representa o amor? É tão lindo e tão maior do que a gente consegue falar. Estou emprestando toda a minha sensibilidade, minha emoção para que ela fique como a imagino: leve, suave, fluida e forte ao mesmo tempo. É uma mulher determinada, com opinião. Foram muitas descobertas nesse caminho.

E o que é o amor?

Você só quer saber isso (risos)? A gente pode fazer tantas outras séries como essa e ainda vamos ficar sem saber o que é o amor. O André (Michel Melamed), coitado, acaba quase maluco tentando descobrir o que é. Acho que o amor é uma junção de várias coisas, mais do que explicá-lo, acho que o amor existe a todo momento, em todas as coisas, no trabalho, nas pessoas que estão do seu lado, na forma como você se relaciona com elas e até com um objeto. Não conseguiria definir o amor, porque isso seria muita pretensão da minha parte, mas digo que ele é um estado. É se deixar enxergar, uma energia maior da qual estamos em busca o tempo inteiro. A gente vive por amar, por se apaixonar. Acho que a série termina de uma forma muito especial, “o que uma mulher quer a cada momento, a cada segundo?”. A gente muda o tempo todo.


Em uma entrevista, o diretor Luiz Fernando Carvalho disse que você é o grande lançamento da série, que a sua coragem de vencer seus próprios limites está fazendo de você uma nova atriz.


Qual foi o desafio de fazer essa personagem?

Acho que o grande desafio de fazer a Lívia é que você não pode piscar. Não que essa concentração não existisse em mim antes, mas aqui é muito forte. A Lívia é uma sensação, uma aparição. No momento em que você respira um pouco mais relaxada, ela te escapa. Acho que essa “nova” Paola são todas essas descobertas feitas durante esse caminho para construir a Lívia, e que me tornaram melhor. Fiquei muito feliz em ouvir do Luiz que estou conseguindo vencer limites.


Durante as oficinas de ensaio e dos exercícios de improvisação, houve algum momento especial para a criação da Lívia?

Tudo o que foi dito sobre a Lívia e o André é entremeado pelo amor. Mesmo quando tem raiva, quando ela queria se separar, era por causa do amor. Pela dor que ele pode causar, pela ânsia de tantas emoções juntas. O amor esteve sempre presente, independentemente de qual exercício era ou em que parte da história estávamos. Teve um exercício específico que foi bastante interessante para mim. Eu e Michel ficamos com uma linha presos pela cintura e de olhos fechados, e conseguíamos efetivamente sentir para onde o outro estava indo. Como a gente tinha que manter essa linha tensionada, era como uma dança: quando um se afastava, o outro aproximava, sempre ligados pelo amor, mas com essa tensão no fio. Nesse exercício, você não tem olhos, não tem toque, não tem nada, é simplesmente sentir a presença do outro.

Afinal, o que quer a Paola?

Talvez seja mais fácil perguntar “o que querem as mulheres?” (risos). A gente é sensação, é fúria, é vontade, é um desejo, às vezes rápido, passageiro, eu me vejo muito assim. Um turbilhão de sensações, de emoções. O que eu quero agora é que a série seja, para os outros, tão especial como está sendo para mim.


‘Afinal, o que querem as mulheres’ estreia quinta-feira, dia 11, e será exibido logo após ‘Clandestinos‘.

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