sexta-feira, 12 de novembro de 2010

'A gente quer muita coisa'
Em três papéis seguidos, aqui Paola Oliveira defende os anseios femininos
 
 
Paola Oliveira sabia que, por se tratar de um trabalho com o diretor Luiz Fernando Carvalho, o papel de Lívia, protagonista de Afinal, o que querem as mulheres?, poderia mudar sua carreira. O que ela não imaginava é que seria tão rápido: antes mesmo de a série ir ao ar, ela foi parar no posto de protagonista da próxima novela das 9, Insensato Coração, que estreia em janeiro. Sem dúvida em ótima fase, ela garante nessa entrevista ao Estado que a mulher pode querer tudo e mais um pouco:

Como é a Lívia?

Ela é uma artista plástica e a intensidade dela fica clara na arte. A maior força dela é perceber que o casamento não está bem e abrir mão do André (Michel Melamed), seu amor, para que ele vá responder suas questões. A minissérie fala de amor, cotidiano, relacionamento, universo feminino e dos clichês amorosos. São temas que a gente já conhece, mas mostrados de uma forma muito particular e simbólica. Faz pensar.

Chegou a alguma conclusão sobre o que nós queremos?

É engraçado, porque é uma história contada por um homem, mas, no processo, eu convivi com muitas mulheres e conversávamos sobre isso. Acho que a gente quer muita coisa, e temos sim esse dom de ser muitas coisas ao mesmo tempo.

O Luiz Fernando é o sonho de consumo de todo o ator. Como foi o convite para a série?

O meu sonho era fazer trabalhos em que eu fosse escolhida pela confiança das pessoas no que eu poderia oferecer. Ele disse que me viu num avião, lendo um texto exaustivamente. E ele pensou "essa menina tem a vontade para fazer bem o papel". É muito especial você ser escolhida porque viram algo mais em você. E tudo isso que falam sobre o processo de preparação dele é verdade, é realmente diferente. Em novela, é tudo mais rápido e o trabalho é mais solitário. Na minissérie, a gente estudava junto e fizemos com que tudo o que eles propunham como discussão sobre o universo feminino fizesse parte do nosso cotidiano.

Foi aflitivo trabalhar em três personagens em sequência? (Além de Afinal... e de Insensato Coração, ela esteve no episódio de As Cariocas que foi ao ar na terça)

Não, mas existe um processo que é mais complexo do que mudar o cabelo e vestir roupa diferente - a gente tem de esquecer a maneira de pensar e até de andar da personagem. Mas o querer fazer e fazer bem facilita as coisas.

E também foram três diretores de peso, Daniel Filho, Luiz Fernando Carvalho e Dennis Carvalho. Como os diretores têm te tratado?

Ah, muito bem, não tenho mesmo do que reclamar! Cada um tem uma característica diferente, e quero aproveitar o que cada um deles tem para me ensinar. O que é preciso é pegar no dia-a-dia como cada um funciona, porque eles são completamente diferentes. O ator aprende muito a ler as pessoas.

Está preocupada com a grande exposição que já é grande e será maior daqui pra frente?

Não me preocupo, porque não foi "ah, vou fazer tudo". Foram trabalhos totalmente diferentes. Mas acho que vai chegar o momento em que vou querer descansar.

Como viu a situação de substituir a Ana Paula Arósio, que faria o papel mas foi afastada de Insensato Coração?

Não participei de nada, realmente. Mas receber o papel foi uma surpresa, fiquei muito feliz. Mais pra frente a gente fala sobre isso, tá?


Fonte: Estação

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