sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Paola Oliveira domina horário nobre em séries e próxima novela das 8

Com personagens que transbordam paixão, Paola Oliveira se tornou a atual rainha do horário nobre. Esteve em ‘As cariocas’, esta semana estrela ‘Afinal, o que querem as mulheres?’, e em janeiro será Marina, protagonista da próxima novela das oito: ‘Todo ano é meu ano. Mas este, claro, teve sabor especial’



Para fazer as primeiras fotos como modelo, Caroline Paola de Oliveira Silva contou com o apoio irrestrito da mãe, enfermeira. O pai, policial militar aposentado, não via lá com muito bons olhos essa vida de artista, e só ficou sabendo da nova profissão da bela filha quando a viu numa fotografia, estampando as páginas de uma revista. Dali para inúmeros testes e pontas, foram alguns anos. A menina foi assistente de palco do “Passa ou Repassa”, no SBT, e participou da segunda fase de “Metamorfosis”, projeto fracassado da Record. Após cinco testes na Globo, nos quais ela já nem acreditava mais num sim, a lourinha de pele de porcelana conseguiu o papel da frívola Giovana, de “Belíssima”, que considera realmente seu primeiro trabalho. À mãe, coube o papel de acompanhar tudo de perto. Ao pai, um olhar ressabiado. Mas a menina dos Silva, já era Paola Oliveira, promessa de talento em plena novela das oito.

— Até hoje, se quero uma coisa que acho que meu pai não vai concordar, vou e faço. Depois ele acaba aprovando mesmo — conta, às gargalhadas.


E Paola tem motivos de sobra para sorrir. Em cinco anos de carreira, após três novelas das seis no papel principal, ela volta ao horário nobre também como protagonista, substituindo Ana Paula Arósio em “Insensato coração”, depois que a atriz deixou a produção. No meio do caminho ainda foi uma das beldades escaladas para “As cariocas”, de Daniel Filho, vivendo uma tijucana atormentada, e caiu nas graças do sempre festejado e, às vezes até temido, Luiz Fernando Carvalho. Paola será Lívia, a personagem feminina central da série “Afinal, o que querem as mulheres?”. Não à toa está sendo chamada de “a mulher do momento”.


— Acredito muito em sorte. Mas também em determinação e foco. Tudo consiste em estar no lugar certo, na hora certa, e mais ainda: certa do que quer fazer — pondera.

Paola pode ter razão. O papel para a série que estreia esta semana na Globo foi cavada dentro de um avião. E ela nem teve que fazer nada para isso. A atriz não supunha que estava passando por uma espécie de teste.

— Soube que o Luiz Fernando estava no mesmo avião que eu e me viu estudando. Eu estava lendo alguma coisa, anotando. E depois, ele disse que tinha gostado daquilo e era exatamente o tipo de atriz que precisava. Ele viu intensidade em mim — comemora ela, que quando começou na TV precisava de um iPod cheio de músicas para se concentrar: — Gosto de me desligar do mundo.


Como Lívia, uma artista plástica bem casada, Paola teve que aprender sobre arte. Conheceu e gostou da obra de Polok, o pintor norte-americano que criava seus quadros abstratos a partir de um pingo na tela, sem pincéis. Ela mesma confidencia que pintou umas “coisinhas”:


— Pesquisei bastante, entrei nesse mundo sem saber muita coisa. Fiz as oficinas da série propostas pela direção e lá em casa tem um ou outro quadrinho meu, que pintei na brincadeira, só para entrar nesse universo.

Além, das artes, Lívia se vê envolvida numa crise quase existencial do marido, o escritor André Newman, interpretado por Michel Melamed. Ele quer porque quer responder a pergunta que dá título à série, e acaba metendo os pés pelas mãos. Inclusive, traindo a linda mulher. Como assim, cara?

— Só que a Lívia respira tanto amor, que deixa esse homem livre para fazer as descobertas dele. Chega uma hora em que ela já não basta a ele, o casamento passa por transformações, e ela abre mão da relação. Para mim, esse é o verdadeiro amor. Ninguém pertence a ninguém. E se você ama, quer quer a outra pessoa seja feliz, mesmo que longe — avalia ela, que namora o também ator Joaquim Lopes há mais de um ano.


Quando engataram o relacionamento, Joaquim havia se separado de Thais Fersoza há pouquíssimo tempo. Foi o que bastou para que Paola fosse apontada como pivô da história.

— O que acontece numa relação só cabe a duas pessoas saberem. Enfrentei o disse me disse de forma clara. Não quis me pronunciar, até porque existia uma outra pessoa envolvida. Aprendi a me preservar. Quem conhece a gente sabe como nosso namoro começou. E é isso o que importa — defende-se.


Aos 28 anos, Paola já não lembra em nada a garota irrequieta do começo de carreira, louca por chocolate, que odiava acordar às seis da manhã e tinha algumas manias como dormir sempre com os pés cobertos. Ainda tem gula por chocolate, e uma estranhíssima mania de beber coca-cola sem gás, e de quebra, odeia números ímpares.


Jogada na fogueira quando as pessoas ainda questionavam seu talento, deu conta do recado logo ao viver Sônia, em “O Profeta”, a primeira protagonista após um papel secundário em “Belíssima”.

— Não foi fácil. Tive que provar para mim e para os outros que estava trilhando uma estrada — diz ela, que comemora o ano de 2010 com antecedência: — Digo que todo ano é meu ano. Mas este, claro, teve sabor especial.

Estrada curta e de tijolos de ouro é o que parece. Mas Paola garante que leva a profissão a sério. Tanto que, quando recebeu a missão de substituir Ana Paula Arósio no elenco da próxima novela das oito, chorou como bebê.

— Chorei, sim, muito! Me emocionei quando recebi o convite, assim como me emocionei com todos os outros trabalhos. Tenho uma tarefa difícil pela frente, mas estou de peito aberto para dar o melhor de mim. Sempre vou à luta com esse sentimento — justifica.


Entre Lívia e Marina, a personagem da novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, Paola vê muitas semelhanças. Além de estarem no olho do furacão, as duas se pautam pelo amor que sentem por seus pares. No caso de Marina, Paola dividirá as atenções de Fábio Assunção e Eriberto Leão, irmãos na ficção.


— A Lívia é uma artista plástica, a Marina uma designer. As duas têm sensibilidade, são muito intensas, determinas, firmes e destemidas. Tenho aprendido demais com elas — conta a loura, que só vê uma desvantagem em amadurecer: — É uma pena não estar mais com 17 anos


Ano que vem, quando a novela estrear, Paola já não será mais rainha de bateria no carnaval carioca. No fundo, acha bom:


— Não teria tempo para me dedicar ao posto. Mas vou ficar quietinha em casa, vendo e torcendo pela Grande Rio. Sei que vai me dar um aperto. A comunidade de Caxias sempre foi muito carinhosa comigo, me chamavam de “minha branquinha”!. Mas só desejo sorte à minha amiga Cris Vianna, que vai estar lá me substituindo.


No início de carreira, Paola fugia para assistir as cenas de Fernanda Montenegro e Claudia Abreu

Dona de uma carreira ascendente, seria natural que Paola já tivesse conquistado, além dos holofotes sobre ela, tudo o que quis. Mas, afinal, o que quer uma mulher como Paola?

— Ainda falta muita coisa aí, né? Mas acho que como qualquer uma quero ser amada, ter uma carreira estável, com grandes papéis, uma família, amigos e principalmente saúde. Me cuido muito para aguentar qualquer rojão. Tenho os meus pés muito no chão para saber onde estou pisando e onde quero chegar.

E de pensar que a menina corria entre um estúdio e outro de “Belíssima”, o primeiro trabalho, para ficar escondida num canto vendo as cenas de Fernanda Montenegro e Claudia Abreu:

— Quantas vezes fugi para ver as duas trabalhando e ficava babando.

Hoje, com certeza, muita gente já baba por Paola também...



Fonte: Jornal Extra

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