quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Homenagem aos professores
Paola Oliveira, estrela de Uma Professora Muito Maluquinha, e o namorado, Joaquim Lopes, que ela conheceu nas filmagens, falam sobre o filme e os professores que marcaram suas vidas 


Cate é uma professora diferente: deixa os alunos lerem gibi na sala, leva a garotada ao cinema e não aplica exame final. Uma Professora Muito Maluquinha, que estreia na sexta-feira (7), tem Paola Oliveira no papel de Cate, a educadora que revoluciona uma cidadezinha de Minas Gerais nos anos 40. Foi durante as filmagens, em 2009, que a atriz de 29 anos conheceu Joaquim Lopes, de 31 – que vive o padre Bento –, seu namorado há dois anos. O longa, que também traz no elenco Chico Anysio (monsenhor Aristides), é uma adaptação do livro homônimo de Ziraldo. Ele aprovou o resultado. “Paola não interpretou a Cate. Ela é a Cate. Tanto Paola quanto Joaquim mergulharam de cabeça nos personagens”, disse Ziraldo.


Paola Oliveira 

QUEM: Você teve alguém como Cate na sua vida?

Sim, a Samira, minha professora da antiga 5ª série na escola pública Laerte Panighel (em São Paulo). Ela tinha um jeito especial de lidar com as crianças, fazia a gente levar um pouco a escola para casa. Se a gente falava “não estou muito bem hoje”, ela queria saber o que tinha acontecido. Eu era muito tímida, a ponto de tremer e ter ânsia de vômito, e ela foi me estimulando a me abrir. 

QUEM: Como é a Cate? 

Todo mundo que ousa em algum momento é chamado de maluquinho ou coisa parecida. Cate foge das regras e tem um objetivo maior, que é fazer as crianças quererem aprender, saber mais, ler mais. 

QUEM: Gostou de trabalhar com crianças?

Eram 40 crianças dentro de uma sala, e tinha que regê-las, porque chega uma hora que elas ficam cansadas. Tem essa dificuldade, mas é delicioso. Para eles, eu fui a professora Cate durante as filmagens. Na maior parte do tempo me chamavam de Cate e essa ingenuidade que eles têm é gratificante. 

QUEM: Filmar em São João del-Rei ajudou a compor a personagem? 

A cidade tem outra musicalidade, outro ritmo. Muitas vezes, estávamos gravando e os sinos tocavam. A gente ficava em silêncio e depois passava para a próxima cena. Fiz a Cate com um sotaque leve, evitando os “uais”, para que isso não dominasse a personagem. 

QUEM: Qual é a mensagem do filme para você? 

Amor e educação. Tomara que os professores vejam nosso trabalho com carinho e não desistam diante das dificuldades que a gente sabe que encontram em sua rotina de trabalho. O filme também fala de amor, em todos os sentidos. Até meu pai, Everardo, que é durão, ficou emocionado quando viu.

Joaquim Lopes 

QUEM: Você e Paola conheceram-se durante as filmagens. Isso torna o filme mais especial? 

  Quando a gente vê o filme agora, não pensa nisso. A referência é do grupo, da camaradagem entre a equipe. Conheci a Paola Oliveira atriz, não a Caroline Paola. 

QUEM: Uma Professora Muito Maluquinha é seu primeiro filme. Gostou do resultado? 

Já vi o filme quatro vezes e chorei nas quatro, porque o resultado é emocionante. Fiz um teste descompromissado e fui o último a ser escalado. Quando soube que estava no elenco, saí correndo pela casa, gritando. Estava feliz e nervoso. Uma semana antes das filmagens, tive uma crise de labirintite. Suely Franco (atriz, que vive tia Cida) me ajudou muito. 

QUEM: O que você mais gosta no filme? 

Todo mundo teve um professor que influenciou sua vida. No meu caso, foi o de literatura, o Agenor, do meu colégio, o Santo Américo, em São Paulo. Eu era um aluno distraído, e ele estimulava o pensamento da turma. Gosto da ideia de que os professores incentivam a criança a pensar por si só. Espero que os educadores se sintam homenageados com o filme. 

QUEM: O elenco tem vários nomes de peso. Sentiu alguma pressão? 

Olha, na hora em que soube que Chico Anysio seria o monsenhor Aristides e que iria trabalhar diretamente com ele... nossa! Você senta na frente do Chico e aprende só de estar em sua presença. E trabalhar com o Ziraldo é um privilégio, ele é um coração ambulante com duas perninhas e dois braços. Seu trabalho é absolutamente atemporal e relevante até hoje. 

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